Fui a Lisboa. Nada de especial, embora anormal. Cidade suja, pessoas stressadas, confusão, falta de paciência, falta de olhares, contrástes... tudo muito cinzento. Pois é, mas cada vez mais desejo sair daqui. Não sei bem para onde, sair. Mesmo com aquilo tudo, eu gosto de Lisboa e gosto de estar lá. É como se me desse a importancia que eu mereço! ;)
Quero fazer parte da confusão, e não apenas observa-la... assim não tem piada!
Eu que passo a vida a comparar-me com os pobres, para desvalorizar a minha pobreza interior e exterior, pude hoje observar mais de perto o que é ser pobre. A uns dá vontade de ajudar, a outros apetece dizer 'vai trabalhar'. Como diferenciar entre uns o outros? =/
Vou-me deixar de «lamexices» e fazer um post a sério! Como hoje nem é um dia que me sinta particularmente «com vontade» de desaparecer daqui, vou apenas esperar calmamente numa estação de partida até que algum 'objecto transportante' me agrade e me possa conduzir até um destino melhor (mas desta vez, com um rumo bem defenido!).
[Fui estrear a estação do Terreiro do Passo com um dia de atraso e detectei logo dois erros, tinha de ser! =) Primeiro, a hora no bilhete estava mal, e segundo, um engano. Como é que aquela vozinha simpática e irritante pode dizer: "próxima estação: Terreiro do Paço" se eu tinha partido do T. do Paço! Ahh.. e nao tem WC's! ..mais um momentozinho deprimente]
[O post anterior não terá continuação]
Durante os últimos três meses levantei-me todos os dias às 7:30h porque meia-hora depois tenho uma pessoa à minha espera. Quase sempre adio o despertador do telemóvel 10 minutos, e por isso, acerto-o previamente para as 7:20h. Depois da rotina diária não muito diferente das outras pessoas, acabo atrasado com essa tal pessoa à minha espera.
Depois de uma breve viagem tenho mais pessoas, não há minha espera porque não sou suficientemente importante, mas é com elas que vou passar o resto do dia porque assim tem de ser. Ainda antes disso vou comprar pastilhas. Digo “Bom dia” de uma forma pouco convicta, devido ao frio. Ás vezes fico a dever porque não tenho trocado. Para essa pessoa, eu sou suficientemente importante para me confiar 20 cêntimos.
Voltando às pessoas com quem partilho o dia. Não as escolhi. Provavelmente não são as que eu gostaria, mas gosto mais de umas do que outras. E o mesmo se aplica em relação a mim. Quase sempre, são estas pessoas que fazem com que eu chegue a casa, oito horas depois, mais animado ou mais chateado.
Até podem não ser muito importantes para mim, mas essas pessoas conseguem alterar o meu sentido de humor (ultimamente muito exposto a influencias exteriores).
Depois o meu final de dia é passado sozinho e com mais pessoas. Estas também não as escolhi. Tenta-se acabar o dia da melhor forma possível.
Tenta-se escolher da melhor forma as pessoas a colocar no nosso caminho...
[Continua]