Num Natal estranhamente mais familiar, recebi prendas nem por isso extravagantes. Mas pela primeira vez, acho que gostei praticamente de todas. Tinha planeado que o Natal se comemorasse em minha casa. E aconteceu, ainda que não por influência minha xD. Como escrevi anteriormente, dou algum valor às prendas, por isso não podia deixar de fazer referência a elas. A par de um começo de gripe (contagiada provavelmente no dia de Natal, e que se estendeu a muita gente da família), seguem-se aquelas que mais me marcaram...
1 Mp4.
1 Relógio.
1 CD.
1 Livro.
Dinheiro.
Entre as novidades, chega também uma breve actualização
gráfica no Contraditório para refrescar isto! xD
Hoje enquanto me perdia a comparar estatísticas dos visitantes do Contraditório, fazer um chato trabalho de espanhol, e espreitar blogs alheios lembrei-me de uma conversa minha na sexta feira. Estava com uma amiga numa rua comercial cheia de luzes de natal mas não igualmente de pessoas, e disse.
"Se eu fosse rico, das coisas que mais gostava de fazer era comprar prendas... Apesar de ser provável não receber depois o mesmo tipo de prendas que oferecia"
É capaz que a segunda frase tenha estragado um pouco o espírito benemérito da primeira, mas não vou dizer que o importante seja apenas dar, ou ainda que no natal o que interessa seja simplesmente o ambiente de família e de amor. Não o digo porque não o sinto, e porque me parece que esta conversa é mais uma etiqueta ética do que outra coisa.
Ambiente familiar é coisa que nunca tive muito, e talves por isso, a minha realidade passe mais por dar valor à parte material, apesar de não considerar isso como o correcto. Mas não vale a pena fugir à realidade para entrar num labirinto de conceitos eticamente e socialmente correctos.
Mas voltando às prendas, a minha experiência de dar é bastante inferior à de receber, e isso é compreensível. Não lhes dou valor no sentido de «coisificar» o carinho que temos pelas pessoas, acho que os sentimentos não necessitam disso... As prendas servem para proporcionar-mos às pessoas de que gostamos, alegria e satisfação, especialmente às crianças e aos jovens. Por isso, irrita-me um bocado as avós e as tias a oferecer roupa aos miudos, coisa que detestam, porque 'é o que precisam'. (Também compreendo que em situações complicadas financeiramente, o importante seja responder às necessidades básicas, mas não acontece isso na vulgaridade...).