Durante os últimos três meses levantei-me todos os dias às 7:30h porque meia-hora depois tenho uma pessoa à minha espera. Quase sempre adio o despertador do telemóvel 10 minutos, e por isso, acerto-o previamente para as 7:20h. Depois da rotina diária não muito diferente das outras pessoas, acabo atrasado com essa tal pessoa à minha espera.
Depois de uma breve viagem tenho mais pessoas, não há minha espera porque não sou suficientemente importante, mas é com elas que vou passar o resto do dia porque assim tem de ser. Ainda antes disso vou comprar pastilhas. Digo “Bom dia” de uma forma pouco convicta, devido ao frio. Ás vezes fico a dever porque não tenho trocado. Para essa pessoa, eu sou suficientemente importante para me confiar 20 cêntimos.
Voltando às pessoas com quem partilho o dia. Não as escolhi. Provavelmente não são as que eu gostaria, mas gosto mais de umas do que outras. E o mesmo se aplica em relação a mim. Quase sempre, são estas pessoas que fazem com que eu chegue a casa, oito horas depois, mais animado ou mais chateado.
Até podem não ser muito importantes para mim, mas essas pessoas conseguem alterar o meu sentido de humor (ultimamente muito exposto a influencias exteriores).
Depois o meu final de dia é passado sozinho e com mais pessoas. Estas também não as escolhi. Tenta-se acabar o dia da melhor forma possível.
Tenta-se escolher da melhor forma as pessoas a colocar no nosso caminho...
[Continua]