Tenho de dizer isto. «O dia correu-me bem!»
Agora, isto já começa a ser habito. Mas vou fazê-lo na mesma... vou relatar mais uma situação engraçada que eu presenciei.
"O senhor está-me a chamar bêbado sem me conhecer de lado nenhum!"
"Eu n..."
"Cale-se!"
"...Somos todos portugueses!"
"Os portugueses não são todos iguais! O senhor é estúpido..."
Desta vez foi à espera do autocarro... onde será a próxima?
Depois de ter ido visitar o nosso presidente Cavaco e os seus homens'zinhos (e cavalos) fadados, fui ajudar pessoas com um nivel de prespicácia menos elevado a tirar bilhetes nas máquinas automáticas da estação de combios de Belém. As pessoas já estavam exaustas de tentar fazer a máquina funcionar no modo que elas achavam correcto, e já não se importavam com o troco... queriam era os bilhetes. Eu podia ter ficado com os vales do troco e levanta-los na estação no dia seguinte, mas não fui por aí... assim ficarão guardados dentro de um bolso de casaso sabe-se lá até quando.
Acontece que uma das senhoras que eu ajudei, tinha uma colega da mesma idade, mas com uma vitalidade caracteristica. O seu modo de falar chegou a incomodar um passageiro, já no interior do comboio, eu só ouvi o seguinte:
"A senhora está para aí a falar à muito tempo, mas ainda não disse foi nada..."
"Ah não? Olhe eu se fosse para ficar calada, ficava em casa"
Eu troquei um sorriso e reparei no ar envorgonhado da colega da senhora, a quem auxiliei a tirar o bilhete.
Depois, no Campo Grande, tive oportinudade de acompanhar de perto mais algumas situações engraçadas que não vou relatar. O que já relatei foi o unico adepto do FCP numa imensidão de sportinguistas, que eu consegui apanhar. Não era o único, também andava por lá uma outra espécie de portista, mas feminina.
[Aquelas coisas que eu arranjei para tapar as caras das pessoas, são fixes não são? =P O que também é consideravelmente engraçado, é a espécie de meia descaida que a SIC pôs no canto do seu logotipo, talvez para comemorar o seu aniversário. Não faço ideia.]
Oiço frequentemente muitas pessoas de idade referirem-se à época do estado novo com saudosismo. Ou ignorância ou esquecimento, mas não consigo deixar de repugnar este tipo de sentimento, que parece cada vez mais presente! Bah.
Num dia destes, lá na festa da aldeia, sento-me num degrau para ver se descançava. Ao lado estava um senhor de idade, que quase de imediato pôs conversa. O assunto encaminhou-se para os velhos tempos, e mais tarde reparei que lhe faltava um dedo (talvez recordações do ultramar), o que despertou ainda mais a minha curiosidade...
"...dantes em que agente andava descalços."
"pois... mas não tem saudades desse tempo, pois não?"
"ah, tenho!"
"..tem saudades do tempo em que andava descalço?"
"tenho, na altura ainda fodia... agora já não fodo nada"
"ah... "
"o que queres... 81 anos!"
"pois..."
[Posteriormente, o senhor fez questão de me contar algumas historias da sua intimidade, LOL... e vim a saber que tinha a alcunha de 'arrebenta'. No fim aconselhou-me a não fumar haxixe]
Hoje e ontem voltei a ter a experiência de acompanhar uma celebração fúnebre, desta vez de perto... Pronto, não é o melhor tema mas hoje é o que tenho para dizer. Não é que não tenha outras coisas para falar, pelo contrário, mas o momento impõe-se.
Observei de perto as emoções transmitidas num velório, por exemplo. Mas será que os gemidos em voz alta, talvez para impressionar, eram verdadeiramente impulsivos? Hum, acho que não.
Pela minha parte não viram qualquer gesto ou acto para impressionar. Sou assim e pronto.
[Consigo ter frieza suficiente para falar assim do funeral da minha bisavó, mas ainda estou para descobrir se isso é bom ou mau]