Fiz as pazes com o blog. Mas o mérito não é meu, hoje foi o último dia de aulas e nos dias importantes fica bem dizer algo, é só por isso. De inspiração, continuamos mal, e por isso hoje há um relato.
7.50h O dia começa com um telemóvel a tocar. Sem número. Será que alguém se lembrou de me chatear logo a esta hora? Não, era só o meu primo que queria boleia da minha mãe para a escola. Respondi mal disposto que só entrava às 13.30h.
11.15h Levanto-me da cama, espreito pela janela e visto-me pachorrentamente. Ligo o computador e vou à net relembrar a média que preciso para entrar no curso que quero. Vou ao calculador, vejo as notas de que preciso e comparo-as com aquelas que hoje vou ouvir na escola. Fico triste, vai ser difícil, mas tento acreditar.
13.14h Estou atrasado, e vou a correr para apanhar o autocarro. Na escola a J. diz que sou uma pessoa especial. Na aula de inglês oiço a confirmação do 15. A passagem do 10,8 para o 16,4 surpreendeu-me a mim próprio, afinal eu sou capaz quando quero, e nem foi preciso muito. A professora está farta da nossa turma e manda-nos embora mal que acabou a auto-avaliação. Eu e a V. demos mais uma volta, esquecemos que as lojas fecham à hora de almoço, e à passagem pelo parque voltámos a parecer namorados aos olhos da M. e da C.
15.15hAntes da aula de filosofia, a V. pede-me o número para um eventual jantar de turma. Na aula, o director de turma afinal dá-me 18, mas o melhor foi receber o presente que ele comprou para os três melhores alunos do 11º ano (eu sou o terceiro, a minha mãe acha que devia ter o segundo pelo menos). Apesar disso, fiquei desanimado porque soube que a professora de português já entregou as notas, mesmo sem receber os trabalhos que faltavam, e eu não consegui o 17. Preciso dele para as médias. No fim da aula percebi o segredo, a professora aceita mas não se pode dizer ao d.t. porque já passou o prazo. Volto a animar. A R. vem falar comigo acerca do que se passou. Percebo que eu sou muito importante para a V, e falo ao telemóvel com a A. sem saber.
17.00h Aula de Geografia. Recebi o 19,8 do teste, e o 18,9 do trabalho que tanto trabalho meu deu. Toda a gente o quis ver, estava graficamente muito bom. A pequena esperança de ter 19 vai-se concretizar. Despeço-me do S. com uma espécie de abraço. À espera da minha mãe, olho frontalmente para a A. Fui-me embora, volto para as aulas de preparação para os exames.
21.20h Envio o trabalho para a professora de português por mail, e peço-lhe semi-directamente um 17. Está feito o 11º ano do David.