Hoje expor uma opinião minha, pode ser que consiga persuadir alguém.
O estudo do texto argumentativo nas aulas de filosofia e português obrigaram-me recentemente a puxar pela cabeça nos testes para dar o meu melhor nesta que esta é, possivelmente, a minha área forte. Naquelas composições onde por vezes o que se torna importante é fazer algo que o professor goste, e não aquilo que nós gostamos, lá encaixei tópicos como o poder da publicidade, do discurso político, etc.
A influência que as técnicas persuasivas têm na sociedade é muito grande, grande demais, digo sem qualquer dúvida. Ao contrário do que se poderia pensar, uma sociedade com mais liberdade e mais informação à sua disposição não é uma sociedade mais livre e mais informada. Isto é claro, e está à vista de todos.
Quando se pensa nestes assuntos é provável que nos lembremos da publicidade ou da política, como já referi, são os exemplos mais óbvios. Aborrece-me pensar nos miúdos que se deliciam a ver coisas como os Morangos com Açúcar. Ou nas mulheres que se fascinam a ler a revista Maria. Ou nos jovens que consumem álcool ou tabaco como ritual de iniciação. Devo dizer que minha mente repudia a forma como essas pessoas se deixam levar pela persuasão que vêm na televisão, ouvem na rádio, aprendem na escola, na família, onde quer que seja...
No entanto, até que ponto me julgo eu livre desta espécie de conspiração social que apela ao consumo e à ignorância? Quer seja mais ou menos, sou sempre condicionado pela música que passa na rádio. Pelo anúncio engraçado que passa no cinema. Pela t-shirt gira que não resisto a comprar. Não sou imune a nada disto e por mais que queira, não consigo deixar de fazer parte daquilo que considero ser uma degradação da sociedade.