Quando estamos sozinhos, a reflexão e o pensamento tornam-se mais presentes. E talvez seja por sempre ter crescido, e continuar a crescer, sozinho que fiquei mais atento ao que se passava à minha volta. Àquilo onde eu, bem ou mal, estou inserido. Não o escolhemos, mas o que é facto é que todos nós estamos inseridos numa comunidade. E como tal, somos sempre vulneráveis às suas características. E indo ao que interessa hoje, aos seus defeitos.
No outro dia encontrei o meu antigo professor de moral. Aquele homem que trocou uma carreira de sucesso, onde ganháva bem mais, pelo ensino de moral. Uma disciplina que é opcional e que tantas vezes é mal tratada e gozada pelos próprios alunos (que supostamente estão lá por escolha própria).
Falámos de mim e dos outros. De mim e do que me rodeia, da tal comunidade a que não posso fugir. E mesmo que não consiga fugir dos seus defeitos, consigo indentificá-los. Há quem nunca tenha pensado nisso, mas nos últimos tempos, a porcaria que caracteriza a minha sociedade não me saí da cabeça. E digo porcaria para não dizer merda. E se digo merda àquilo que caracteriza a minha sociedade, digo pessoas de merda. Andam aí, por todo o lado...
E quem melhor do que um professor de moral, para ver o que existe de amoral e de imoral nisto tudo. E quando tento defenir o «nisto tudo», chego à conclusão que «isto tudo» é mesmo isto tudo. É a existência humana. E secalhar tem mesmo de ser assim. Coisa em que felizmente (ainda) não consigo acreditar...
Mas eu era para falar do filme que o professor de moral me emprestou e acabei por me perder. Trata-se do filme alemão 'Os Edukadores' como já devem ter percebido. Mas o filme é isto mesmo, é a «porcaria» que caracteriza a sociedade em que vivemos, com a vantagem de aprofundar as relações pessoais que a caracterízam. As boas e as más. Apesar de alguns pormenores, tornou-se num dos meus filmes preferidos!
É um excelente filme para aqueles que não perdem muito tempo no hi5. Para esses, talvez não seja assim tão bom. =p