Nesta última semana tenho tido bastantes oportunidades de debater ideologias, quase sempre políticas. Chego a querer evitar este tipo de situações por ter consciência que estou a caminhar cada vez mais para uma responsabilidade política no futuro, e mesmo que a política seja algo que me inspire, não sei se será o que mais desejo. Como já disse noutro post, os debates fascinam-me. Mas têm tanto de fascínio como de desalento. E refiro-me à sensação de inutilidade com que fico no final das discussões, por vezes. Mas corre-se riscos em tudo, e isto não é excepção.
Hoje, a minha escola recebeu a vinda de duas funcionárias da representação da comissão europeia em Portugal, numa iniciativa que se realizou em mais 50 escolas e em mais 5 países da UE. Também aí fui dos poucos a participar. Eu evito, mas a inércia dos outros é tanta que eu não resisto. =p
Ah, a ministra da educação também tinha planeado fazer hoje uma visita surpresa à minha escola. Surpresa, provavelmente para evitar manifestações planeadas. Mas, pelos vistos, a estratégia não funcionou na escola visitada durante a manhã, e a reação (estúpida) dos alunos provocou-lhe má disposição e a senhora já não veio durante a tarde, como era suposto. Continuamos a esperar por ela. =p
[Não posso deixar de fazer uma referência ao episódio protagonizado hoje no Jornal Nacional da TVI por Marinho Pinto. Talvés só a exaltação excessiva tenha denegrido um pouco a critica justa ao jornalismo praticado naquele jornal. É pena que isto não tenha chegado mais cedo, para que um certo tipo de jornalistas demagógicos tenha consciência que o público português não é todo estúpido, se bem que, por vezes, é isso que parece.]
Para não estar sempre a falar do mesma coisa, hoje resolvi ir por uma coisa mais ligeira. =p
Não tenho obcessão por acompanhar, nem o festival da canção nem o da eurovisão. Mas acabo sempre por ver, mesmo que não esteja muito atento às músicas. E devo dizer que gostei da canção portuguesa, ao contrário do que é habitual. Quanto à canção vencedora, é gira, não sei se é assim tão boa para ter ganho, mas pronto, houve quem achasse.
É pena este festival não ser um verdadeiro concurso onde os países competissem realmente, concorrendo com músicas já premiadas internamente. Portugal, pelo menos, encara isto como uma revelação de talentos... Mas vá.
[Este post era para ter chegado mais cedo mas não deu ] =p
Esta última minha ausência foi motivada pela falta de vontade de escrever o que quer que fosse. Provavelmente devido à morte do meu avô. Podia falar da minha escassa sensibilidade, ou da suposta racionalidade com que enfrento os problemas mais sentimentais, aquela que as outras pessoas geralmente perdem, ou têm dificuldade em manter.
Mas não vou escrever sobre nada disso, até porque cada pessoa encara estas circunstâncias da melhor forma que consegue.
A morte é algo tão natural como a vida. Por isso mesmo não devemos perder muito tempo a lamentarmo-nos com coisas que não dependeram de nós próprios. As outras, as coisas que dependem, merecem muito mais atenção.
E melhorarmo-nos a cada dia, apenas de nós depende. Hoje tive oportunidade de fazer das coisas que mais gosto me dá, debater. Debati com personalidades relevantes, um assunto importante. Não a discussão vulgar do dia-a-dia, que pouca ou nenhuma credibilidade nos dá.
Debater dá a oportunidade de nos mostrarmo-nos aos outros, mostrando aquilo que consideramos ser o melhor de nós. E deste modo, não pode haver melhor coisa que ser elogiado num debate. Elogiado por pessoas com experiências de vida. E não só pelas palavras mas também pela pessoa que sou. Sinto-me diferente dos outros. Sinto-me contente!